Texto e fotos da Eng.Agr.Miriam Stumpf.
As orquídeas são das flores mais apreciadas no mundo todo e muitas pessoas fazem de seu cultivo um hobby.
Estamos assim trazendo informações para que todos possam ter em seu jardim estas belas plantas.
O que são orquídeas?
São plantas herbáceas perenes pertencentes à família Orchidaceae e de variadas origens, existem mais de 1800 gêneros, sendo que em cada um há centenas de espécies.
No mundo todo há gêneros exclusivos de determinada localidade.
No Brasil temos muitos tipos de orquídeas grandes e pequeninas, oriundas de matas ou cultivadas, todas belas.
Erroneamente chamadas de parasitas, na verdade são plantas que se desenvolvem sobre outras plantas, sem causar dano nenhum à hospedeira.
Registros existentes sobre as orquídeas cultivadas fornecem um dado impreciso de 35 000 espécies conhecidas.
As formas da flor
A orquídea apresenta-se com sépalas e pétalas em número de 3 ou múltiplo de 3.
Algumas têm forma bem diferente que iremos vendo em artigos que colocaremos periodicamente.
Inicialmente, para podermos entender, estamos colocando o desenho de uma Cattleya, com os nomes de cada parte.
A flor da Cattleya é composta de 3 sépalas e 3 pétalas.
As sépalas são de formato mais simples e tem a função de proteger a flor quando em botão.
Após o desabrochar são tão bonitas e coloridas quanto as pétalas.
Uma das pétalas, chamada labelo, é mais desenvolvida e diferente das outras, podendo ter coloração mais viva, listras, pontuações e manchas.
Esta forma diferente por vêzes mimetiza o corpo de um inseto, para atraí-los para o néctar contido no fundo da flor.
Ao entrar para buscá-lo acabam por carregar o polen e ajudar assim na polinização.
Esta é necessária e o objetivo maior das plantas, para a produção de frutos contendo sementes para a perpetuação da espécie.
As Formas da Orquídea
As orquídeas têm muitas formas, partindo de duas básicas: simpodial e monopodial.
Suas estruturas vegetais diferem em forma, mas seu cultivo não é muito diferente, apenas o modo de realizar a propagação vegetativa não é a mesma.
A orquídea simpodial:
Refere-se ao um tipo de orquídea que tem os rizomas com crescimento linear.
É necessário plantá-la de um lado do vaso para que vá crescendo em direção à borda oposta.
Colocada no meio, logo atingirá esta parte do vaso, acabando por descer pela parede externa do mesmo.
Exemplo : Cattleya, Laelias
A orquídea monopodial:
Esta orquídea tem o caule com crescimento contínuo como nas Phalenopsis, Vanda e Dendrobium.
No caso do Dendrobium, ao longo da haste floral, numa época de estado vegetativo da planta costumam surgir rebentos que podem ser utilizados para propagação vegetativa.
Reprodução de orquídeas por sementes
Os órgãos reprodutores da planta é formado por coluna, anteras, estigma e ovário.
A coluna é um órgão mais desenvolvido que está situado no centro da flor, contendo os órgãos masculino (estames) e feminino (carpelo).
As anteras contêm os grãos de pólen em grande número agrupados numa estrutura chamada de polínia.
O estigma contém uma substância viscosa capaz de grudar os grãos de pólen quando o inseto carregado com eles passar em busca do néctar no fundo da flor.
Abaixo do estigma fica o ovário com o óvulo que recebendo o grão de pólen será fecundado.
O produto disto é o fruto carregado de sementes com a carga genética obtida pelo cruzamento.
Após a fecundação da flor, as pétalas secam, o estigma se fecha e o processo todo se inicia para formar o fruto que contém as sementes. Algumas orquídeas levam até um ano para amadurecerem.
A polinização também pode ser feita pela mão humana, como os cultivadores fazem para obter os híbridos.
Nem sempre a planta resultante deste tipo de cruzamento é bonita, algumas não produzem flores e são estéreis.
É preciso estudar para fazer este tipo de trabalho e pesquisar, longos anos de paciência e espera.
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